KODAK e a importância de inovar

Publicado dia 31 de Janeiro de 2024.

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Se hoje, para tirar uma foto, basta você sacar seu smartphone do bolso e abrir a câmera, agradeça a Kodak. Claro que foram décadas e décadas de avanços na tecnologia para chegarmos até aqui, mas a marca deve receber boa parte do crédito.

Isso porque a empresa criou produtos que popularizaram a fotografia para amadores e revolucionaram o meio digital, porém, resolveu reter essa inovação, o que a levou à falência. 

O COMEÇO

Tudo começou em 1878, quando George Eastman, que era um atendente de banco na época, inventou as placas metálicas secas com emulsões de sais de prata sensíveis à luz pra gerar imagens, um dos processos básicos da fotografia moderna.

Os experimentos deram certo e, assim, as placas viraram o primeiro produto da empresa. Dois anos depois, nascia a Dry Plate Company. Mas Eastman não parou por aí e comprou a patente de uma tecnologia promissora naquele momento: o filme fotográfico.

OS PRIMEIROS ANOS…

Em 1888, a marca Kodak é registrada. “Você aperta o botão, a gente faz o resto” era o slogan.

No ano seguinte, foi lançado o primeiro rolo de filme celulóide transparente e flexível do mundo. E podemos dizer que esse foi o pontapé inicial na história da fotografia amadora.

Os próximos anos foram marcados com lançamentos de sucesso, como a Kodak Pocket, a primeira câmera de bolso, e a Brownie, que custava apenas 1 dólar. 

A partir daí, a marca seguiu expandindo para outros países. E os produtos continuaram evoluindo: lançaram a Super Six-20, com controle de exposição automático, os negativos Kodacolor, e as câmeras instantâneas Kodamatic.

A ERA DIGITAL E A DECADÊNCIA

E esta que era pra ser uma oportunidade de alavancar a marca, foi o motivo do declínio que levou a empresa à falência.

Steve Sasson, um engenheiro da empresa, desenvolveu uma câmera digital que tirava fotos de até 0.1 megapixel. A Kodak seguiu desenvolvendo tecnologias, em 1991, criaram a primeira câmera digital com visor.

No entanto, com medo de que as câmeras digitais prejudicassem as vendas de filmes e câmeras tradicionais, a empresa não lançou nem patenteou os produtos. Dessa forma, foi ultrapassada pelas gigantes japonesas Canon, Sony e Fuji.

Sabe aquele ditado “camarão que dorme a onda leva“? Pois bem, foi o que aconteceu com a Kodak. Em vez de fazer uma jogada rápida, transitando o negócio para as câmeras digitais, tomou a direção contrária. 

No início dos anos 2000, com a entrada de um novo CEO, tentou virar o jogo, mas sem colocar muito esforço em sua cadeia de suprimentos, o que derrubou sua lucratividade. E de 2002 a 2004, as câmeras com filmes e os filmes foram saindo aos poucos do mercado. 

A empresa chegou em 2008 com a maior parte da receita vindo de licenciamento de patentes, e não de produto.  Até que em 2012, a Kodak pede concordata, entrando no programa do governo dos Estados Unidos de proteção às empresas que precisam se recuperar financeiramente.

Depois disso, Apple, Google e outras marcas levaram várias patentes da empresa. Ela perdeu até mesmo os direitos de batismo do Kodak Theater, o auditório em que a cerimônia do Oscar é realizada. 

E A FÊNIX RESSURGE

Alguns produtos e serviços se tornaram a Kodak Alaris, uma empresa separada com sede no Reino Unido e orçamento reduzido. Até que, após um ano e meio, a marca conseguiu investimentos e ressurgiu das cinzas. 

Hoje, a Kodak é uma empresa de tecnologia focada em imagem e, no mercado de impressão, é voltada ao mundo dos negócios (inclusive de embalagens), além de fornecer filmes para estúdios de cinema. 

E aí, gostou de saber mais sobre a história da Kodak? 

Obrigado pela leitura!

Evandro Lopes

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